No dia 22 de maio, à hora prevista (10:25), “meninos de cor” “brancos, amarelos, cor-de-rosa, às pintinhas, sem pintinhas, com bolinhas maiores outras mais pequenas…” acolheram o autor Angelo Kalaf, numa escala entre Berlim e Nova York, para falar das suas “Estórias de amor”. Diz que o chapéu de coco é uma questão de moda, na verdade, possui um estilo próprio que encanta.
No monte de “livros naufragados” que se encontravam sobre a mesa e onde diz sempre encontrar algum que lhe chama a atenção, destacou leituras que realizou e que recomenda, entre as quais os textos de Ondjaki, Mark Twain, Camões … J.E. Agualusa, seu amigo pessoal, que aqui e além lhe diz: “estás a fazer erro de principiante”!
Respondeu serenamente e com carinho a todas as questões que os alunos da nossa escola lhe colocaram sobre as suas crónicas, assim como sobre o seu processo de criação artística, desde a inspiração à gestão do seu quotidiano. Recomendou a todos que “escrevessem um diário” porque, no mundo do trabalho, o que pesa não é tanto o currículo mas sim a forma como nos exprimimos. E a expressão é um processo de aquisição contínua, trabalha-se.
Antes de retomar viagem, Kalaf ainda teve tempo para autografar, de forma personalizada, cada livro, assim como para se deixar fotografar com quantos o solicitaram, num ambiente saboroso, colorido e refrescante, proporcionado pelos alunos de Restauração e Bar e respetivos professores.
Afinal, valeu a pena “interagir com o mundo lá fora” e ainda bem que “ gosta do risco que correm os que acreditam na construção de coisas belas”!